Um dia de sol radioso, cheio de vento levando os meus cabelos castanhos a balançar.
As folhas verdes voam ao sabor do vento, as flores dançam e os pássaros voam no enorme céu tão limpo.
Os prados verdes, coloridos por as margaridas brancas e os dentes de leão. Certamente apetecivel de me atirar pelos vales
e cair no meio de tanta pureza. Um sitio onde encontro paz e liberdade, mas sinto-me tão só neste mundo tão belo.
Não há catastrofes, apenas há rio, ar, um campo verde lindissimo, animais que sao a minha unica companhia. Mas de que me serve coisas tão belas com um
mundo tão solitário. Quero viver com mais pessoas, quero estar no meio da multidão e quero sentir o stress de todos os dias!
Poder relaxar nos dias em que nao ha nada para fazer. Eu sou feliz com o que tenho mas quero mais, quero descobrir, explorar.
Irei pedir a tudo o que tenho no meu mundo para conseguir conceder meu desejo. Um falcão! Talvez com as suas assas enormes ele
me consiga ajudar.
-Grande Falcão, podereis ajudar me com o meu sonho e levar me para terras distantes?-
O falcão abriu as enormes assas como se fosse um convite. Subi para as costas do falcão e chegamos a um lugar estranho e confuso.
Eu começei a crescer derrepente, as minhas roupas rasgavam-se e eu nao sabia que fazer. Corri para um beco sem saída, comecei a correr
ate encontrar uns trapinhos parecidos ao dos humanos.
De vestido vermelho, botas usadas e um casaco longo esfarrapado ia começar uma vida nova, num lugar diferente, confuso, cheio de pessoas stressadas
mesmo como queria. Apartir de agora tenho de me comportar como um humano... Mas o que se faz no mundo humano? Que poderei fazer agora que aqui estou?
Gostaria de encontrar alguem que me pudesse ajudar. Pensei olhando para cima. De repente alguem, com montes de livros e sacos, vem contra mim.
- Desculpe! Peço Imensa desculpa... Esta bem?-
Olhei para ele e abanei a cabeça, queria pedir ajuda, mas nao sabia como. Ele falava uma lingua estranha que percebia mas, nao conseguia falar.
Ele olhou para mim como se me estivesse a examinar-me.
-És bonita...Queres encontrar-te comigo um dia?-
Podia ser uma ajuda para mim naquele lugar tão estranho, abanei a cabeça positivamente.
-Então combinamos para quando? ou qual é o teu contacto?-
Eu nao sabia como lhe responder, la tentei falar como ele.
-Eu uos vano iqua... ãon ochonce etse lurga.1- o que consegui dizer em voz baixa.
Ele nao percebeu o que tinha dito. Olhou para mim com espanto e foi-se embora. Eu fiquei no meio da multidão perdida.
-Apanha isto!- Gritou alguem.
Vi uma pedra em minha direcção, na qual consegui desviar-me e correr para não apanhar com mais. Quem seriam aqueles idiotas que me quereriam fazer mal?
Porque haveriam eles de me querer fazer tal?
Bati contra um rapaz que estava a minha frente, caimos os dois no chão.
-D-Descupel...2- tentei dizer.
-Não tem problema.- Trocamos os sorrisos.
-Porque estavas com tanta pressa? -
-Prequo...3- ainda tentei olhar e responder mas ele nao me iria compreender. Virei costas para seguir o meu rumo.
-Ei espera!... Passa-se alguma coisa? Precisas de ajuda?- olhei para tras e os meus olhos brilharam, respondi que sim com o abanar da minha cabeça.
-Podemos passear se quizeres falar comigo...-
Com um sorriso disse outra vez que sim. Fomos pela cidade onde ele me levou ao pe de um objecto do meu tamanho. Era estranho, pediu para entrar la dentro.
Sentei me num cadeirão muito confortavel e pensei, será que eles vivem nestas casas? Ele carregou num botão vermelho e começou uma pessoa a falar.
Mas esta musica é horrivel e a letra dele tambem... Fala de mulheres como se fossem objectos e dos amigos na sua enorme casa com tudo.
Tentei carregar no botão para experimentar, e aquela musica horrivel parou.
-Não gostas da musica? - disse ele olhando para mim a rir.
Respondi-lhe com a cabeça que não. Quando olhei pela janela as pessoas e as construçoes passavam depressa, estavamos a andar por magia!
-Chegamos a um sitio verde, o unico nesta cidade nojenta.-
Abriu-me a porta para sair do cadeirão. Ca fora vi como era a casa ambulante dele. Não tinha nada de especial, parecia lata pintada e arranjada.
Andamos ate um campo verde, nao tão verde como o meu lugar mas conseguia relembrar um pouco.
-Então agora podes desabafar comigo se quizeres. Estou aqui para te ouvir... Eu sei que parece estranho, mas algo me chama em ti, algo me diz que precisas
de muita ajuda.- disse olhando me nos olhos.
-Eu aon ies meb a tau linagu... 4- disse de cabeça baixa
-Tens uma maneira de falar estranha... falas todas as palavras trocadas... nao é nada que nao consigas aprender com facilidade. De onde és?-
-De mu lagur danestnti...5-
-Onde moras?-
-oan tonhe asca...ica iqua, o folaca torume-xe apra mue osnho...6-
-Sonho?...Quem sonha com esta porcaria?...Vem comigo eu serei o teu guia.- Pegou na minha mão e voltamos para casa.
Legenda.
1-Eu sou nova aqui...Não conheço este lugar.-
2-D-Desculpe...-
3-Porque...-
4-Eu não sei bem a tua lingua...-
5-De um lugar distante...-
6-Não tenho casa aqui, o falcão trouxe-me para meu sonho...-
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